Sustentabilidade será tema da Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio

A 29ª edição da Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio de Janeiro será realizada domingo (24) na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade. Além das bandeiras tradicionais da diversidade e cidadania LGBTI+, a manifestação abordará questões da sustentabilidade ambiental e da responsabilidade com o planeta. A concentração do evento será às 11h, mas a Parada só começa à tarde, às 15h, no Posto 5. Estão previstos dez trio elétricos, com a participação dos artistas Duda Beat, Diego Martins, Unna X, Gael, Mc Bianca, WD, Reddy Allor, Thaís Macedo e Pedro Mussum. O Hino Nacional será interpretado pela atriz Valéria Barcellos. Os trios serão marcados com temáticas ligadas aos direitos LGBTI+ (movimento de mulheres lésbicas, pessoas trans, bissexuais, ativistas LGBTI+ brasileiros) e de outros direitos humanos (famílias,prevenção e saúde, pessoas vivendo com HIV/Aids, liberdade religiosa, povo negro, povos originários, Amazônia, entre outras. Segundo o Grupo Arco-Íris, organização não governamental que promove a parada, é uma vitrine estratégica para chamar a atenção da sociedade brasileira para a violência e a discriminação contra a população LGBTI+. A partir desse ano, a manifestação pretende começar um projeto de redução de sua pegada de carbono (ou seja, de emissões de gases de efeito estufa). A ideia é implementar o Parada Verde Rumo ao Carbono Zero até 2027. A preocupação com a sustentabilidade será um tema transversal da parada. “Neste ano, teremos também tendas dedicadas à educação ambiental dos participantes, com a colaboração de organizações não governamentais (ONGs) e realização de oficinas na Praia de Copacabana. Acreditamos que o primeiro passo é educar a população LGBTI+ e a sociedade em geral sobre a importância da sustentabilidade ambiental, pois vivenciamos situações de preconceito e discriminação e podemos ser vanguarda na construção de soluções para a sustentabilidade ambiental”, afirma Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e fundador da Parada. *Informações Agência Brasil

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Veja estratégias financeiras para o uso consciente do 13º salário

Correio Braziliense Ao contrário do salário mensal, frequentemente associado ao esforço do trabalho, o décimo terceiro salário é percebido como um bônus ou presente. Assim, pode ser tratado com menor rigor financeiro. Porém, especialistas explicam que esse dinheiro deve ser tratado como uma oportunidade de quitar dívidas e se organizar financeiramente. “O décimo terceiro é um recurso sempre bem-vindo, mas muitas vezes utilizado com menos cautela do que o salário mensal”, explica Paula Sauer, professora de Economia da ESPM e especialista em Economia Comportamental. Sauer destaca que é comum os trabalhadores serem mais prudentes com o salário regular e indulgentes com o décimo terceiro. “Pessoas endividadas, por exemplo, acabam utilizando o valor para compras de Natal, como se fossem recursos separados”, comenta. Esse comportamento pode ser explicado pela contabilidade mental, um viés comportamental em que o dinheiro é dividido em categorias específicas. Assim, o décimo terceiro, muitas vezes considerado um “presente”, é destinado a outros usos que não o pagamento de dívidas — o que, segundo Sauer, é um equívoco. Confira cinco dicas da economista para priorizar o 13º salário e começar o ano com estabilidade financeira: 1- Pague suas dívidas Se houver pendências financeiras, o ideal é usar o décimo terceiro para amortizar ou quitá-las. É raro encontrar aplicações financeiras que ofereçam retorno equivalente às altas taxas de juros cobradas em empréstimos ou financiamentos. Portanto, priorize a redução de suas dívidas, orienta a professora da ESPM. Além disso, a economista ressalta que é importante aproveitar iniciativas como feiras de negociação de dívidas e programas como o Desenrola Brasil, que são organizados justamente em períodos de maior circulação de dinheiro. Esses programas podem ajudar a limpar o nome do consumidor, restabelecendo o acesso ao crédito. 2- Planeje despesas futuras O décimo terceiro também pode ser direcionado para compromissos financeiros do início do ano, como impostos (IPTU e IPVA), renovação de matrículas escolares e materiais didáticos. Pagar essas despesas à vista pode permitir negociações vantajosas, como descontos. 3- Monte uma reserva financeira Se o fluxo de caixa estiver em ordem e as dívidas quitadas, o décimo terceiro pode ser um excelente ponto de partida para criar ou reforçar uma reserva de emergência. Essa reserva é importante para lidar com imprevistos, planejar uma transição de carreira ou até mesmo aproveitar boas oportunidades que surgirem. 4- Planeje as compras de Natal Caso o objetivo seja usar o dinheiro para o Natal, Sauer recomenda estabelecer um orçamento e não ultrapassá-lo. “Uma lista com os nomes de quem será presenteado é uma estratégia simples, mas eficaz, para evitar gastos descontrolados”, sugere. 5- Considere investir Para quem deseja começar a investir, o décimo terceiro é um incentivo significativo. Por ser um valor adicional ao salário, a “dor do pagamento” é menos sentida. Começar o quanto antes permite aproveitar os benefícios dos juros compostos. “Com uma taxa básica de juros em dois dígitos, os ativos pós-fixados tornam-se particularmente atrativos”, explica Sauer. Quem investe em previdência privada também pode usar o décimo terceiro para complementar sua contribuição anual, especialmente se ainda não atingiu o limite de 12% da renda bruta tributável, garantindo assim o benefício fiscal.

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Estudantes da rede estadual já podem fazer a renovação da matrícula para o ano de 2025

Os estudantes da rede estadual de ensino devem ficar atentos para garantir a vaga para o ano de 2025. O prazo para a renovação de matrículas segue até o dia 29 de novembro, e o processo deve ser realizado, presencialmente, na escola onde o estudante já está matriculado. Para efetuar o processo, é necessário apresentar documentos como a Carteira de Identidade (RG) ou a Certidão de Registro Civil, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o comprovante de residência atualizado.

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Jerônimo Rodrigues dialoga com futuros gestores de agroindústrias familiares baianas durante curso de capacitação da SDR

Como parte das estratégias de fortalecimento da agricultura familiar da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues participou, nesta quarta-feira (20), do terceiro dia de capacitação dos coordenadores de negócios, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em Gestão de Agroindústrias da Agricultura Familiar. No encontro, realizado no Instituto Anísio Teixeira (IAT), o chefe do Executivo fez uma escuta aos 30 gestores em formação e falou dos resultados esperados para o projeto estadual que será implementado para desenvolvimento das agroindústrias familiares baianas. “Esse é um tema fundamental para fortalecer a economia do estado da Bahia, principalmente nos nossos territórios de identidade. Fizemos um mapeamento dos produtores que carecem de uma assistência técnica, de um equipamento para melhorar sua produção, com uma projeção de qualificar a alimentação nas escolas, nos hospitais, nos presídios e, claro, de ver nas grandes redes de supermercado os produtos da agricultura familiar sendo comercializados”, dividiu o governador. O primeiro módulo do curso, que teve início na última segunda-feira (18) e se estende até o dia 23 de novembro, aborda temas como questão agrária, tecnologias sociais da agroecologia, histórico das políticas de segurança alimentar e nutricional no Brasil, orientações para o trabalho de campo e a participação das mulheres no segmento. A iniciativa, fruto de parceria entre a CAR, por meio da SDR, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e a Secretaria da Educação (SEC), terá os coordenadores como multiplicadores e líderes de 320 agentes de negócios, que vão atuar, diretamente, nas associações e agroindústrias familiares da Bahia. Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da Car, explicou que o projeto, do qual a capacitação faz parte, vai apoiar 400 agroindústrias no primeiro momento de implantação. Cerca de 500 profissionais, entre agentes de negócios e agentes de produção, serão contratados para auxiliar na gestão das agroindústrias. “A gente está trazendo para eles uma série de ferramentas necessárias para uma boa gestão. O que a gente quer é produzir alimento com qualidade, dentro do conceito da agricultura familiar, mas em uma quantidade muito maior”, revelou o gestor. Gabriela Navarro é uma das coordenadoras em formação e, para ela, o mais importante da capacitação está na melhoria da gestão dos pequenos negócios. “Nós já identificamos as agroindústrias familiares do estado e, agora, vamos atuar de forma incidente, junto com os agentes de negócio, para entender os pontos fracos de algumas associações, estudar melhorias para o seu funcionamento. Por exemplo, como melhorar um selo, uma embalagem, uma rotulagem, facilitar o acesso ao mercado”, pontuou. Serão 408 horas de capacitação, divididas em cinco módulos, até abril de 2025. O conteúdo inclui, também, inovações tecnológicas para o setor, soberania alimentar, marketing e mercados, e gestão democrática. Parceria com as universidades Pró-reitora de extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Tatiana Ribeiro Velloso explica que a UFRB, em parceria com a Rede de Universidade Públicas e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), estará envolvida na formação dos coordenadores e dos agentes pelo período de dois anos. “Aqui é uma oportunidade de integração de saberes, entre as agroindústrias e as universidades, para oportunizar uma distribuição dessas riquezas [da agricultura familiar]. A agricultura familiar é responsável, segundo o censo agropecuário de 2017, do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], por maior parte do abastecimento interno. Então, queremos fortalecer, ainda mais, isso. E esse processo, da formação, será contínuo. Queremos estabelecer isso pelos próximos dois anos”, completou. Repórter: Milena Fahel/GOVBA

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PF vai concluir inquérito contra atos do 8 de janeiro nesta semana

g1 A Polícia Federal vai finalizar nesta semana o inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. O documento, com mais de 700 páginas, será encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além do inquérito que levou à prisão de quatro militares de alta patente do Exército na última terça-feira (19), também serão concluídas investigações sobre conspirações golpistas anteriores, descobertas durante as eleições presidenciais de 2022 e após a derrota de Jair Bolsonaro (PL). O relatório final deverá indiciar diversas pessoas por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, mas não deve pedir a prisão antecipada dos alvos – o que não significa que não possam ser presos após julgamento. Materiais apreendidos em operação passarão por perícia Os materiais apreendidos durante a operação que revelou plano golpista para matar o presidente Lula (PT) o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda passarão por perícia. A PF busca a identificação de pelo menos mais quatro suspeitos de integrar a organização. Caso surjam novos nomes, um relatório adicional será elaborado e enviado ao STF para ser anexado ao inquérito principal. Após a entrega do relatório final ao STF, o ministro Alexandre de Moraes avaliará a possibilidade de levantar o sigilo e tornar públicos os documentos e provas reunidos pela Polícia Federal. O material será, então, encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que analisará o trabalho da PF para decidir se apresenta denúncia criminal contra os indiciados.

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Leitos de UTI crescem 52% em 10 anos; distribuição é desigual

O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 52% no Brasil na última década, passando de 47.846 em 2014 para 73.160 em 2024. A alta mais expressiva se deu em 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19. Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Em nota, a entidade avalia que, apesar do aumento considerado significativo, a distribuição permanece “gravemente desigual”, tanto pelo aspecto territorial, quanto pelo social. “Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país”. De acordo com a Amib, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e para rede privada de saúde. Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão no sistema suplementar. “Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema”, completou a associação. Os números mostram que no SUS, sistema do qual dependem 152 milhões de pessoas, há 24,87 leitos por 100 mil habitantes. Já na rede privada, que tem 51 milhões de beneficiários de planos de saúde, a disponibilidade de leitos de UTI é de 69,28 por 100 mil beneficiários. Outra disparidade é verificada entre as regiões brasileiras. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06. Entretanto, 19 dos 27 estados da federação estão abaixo desse patamar – os extremos vão de 20,95, no Piauí, a 76,68, no Distrito Federal. Intensivistas O estudo destaca ainda que, enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023 em todo o país, a quantidade de médicos especialistas em medicina intensiva cresceu 228% no mesmo período – foram contabilizados 8.091 intensivistas em 2023, e 2.464 em 2011. De acordo com a Amib, a maior parte dos médicos intensivistas em atividade no Brasil se formou há mais de 10 anos, sendo que mais de 75% acumulam entre 10 e 39 anos de prática profissional. Dentre os intensivistas, a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante fica entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão as médicas mais jovens, “sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo”. Apesar do crescimento geral da especialidade, Norte e Nordeste registram uma média inferior de intensivistas por habitante quando comparadas às demais regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste tem 899 registros. Já o Norte conta com 348 registros. O Distrito Federal responde pela maior densidade de médicos intensivistas no país, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. O índice representa quase o dobro da densidade do Sudeste (7,35) e quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,9), que tem base populacional semelhante. No outro extremo, o Amapá conta com cinco intensivistas, “o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes”. “Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84)”, concluiu a Amib. *Informações Agência Brasil

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‘Modo ladrão’ do Google: entenda como funciona e como ativar função no celular

IstoÉ O Google revelou que mais de 1 milhão de usuários Android habilitaram a função “modo ladrão” no celular. A ferramenta foi lançada primeiramente no Brasil, e começou a funcionar em agosto. O “modo ladrão”, quando habilitado, bloqueia automaticamente a tela do aparelho ao identificar que o telefone foi roubado, já que identifica o movimento que ocorre quando um ladrão tira o celular bruscamente da mão do usuário. Vale destacar que o volume de 1 milhão é de habilitações da ferramenta. A companhia não tem o registro de quantas vezes a função foi, de fato, utilizada. Como funciona o “modo ladrão”? A ferramenta nomeada oficialmente de “Theft Protection Lock” faz uso de uma IA (Inteligência Artificial) para identificar situações de roubo. O sistema consegue captar padrões de movimento e velocidade do celular para identificar ações bruscas. Quando essas mudanças são percebidas pela ferramenta, o celular é automaticamente bloqueado. Caso o aparelho não seja desbloqueado durante um tempo prolongado, a ferramenta identifica como possível furto. É preciso ter a versão 10 ou superior do Android. Como ativar a ferramenta? O “modo ladrão” não está incluso automaticamente nos dispositivos, portanto deve ser ativado individualmente por cada usuário. Veja o passo a passo: Acesse as configurações: abra o menu de “Configurações” no seu dispositivo Android. Navegue até o Google: toque em “Google” e em seguida, em “Todos os Serviços“ Ative a proteção contra roubo: vá para “Proteção contra roubo” e ative “Bloqueio de Detecção de Roubo “. Outras ferramentas “antirroubo” do Google: Além do “modo ladrão”, o Google também oferece outros serviços que podem auxiliar os usuários em casos de roubo. Bloqueio Remoto: permite bloquear ou limpar remotamente um telefone perdido ou roubado, usando o número do celular, sem a necessidade de senha.Segundo o Google, como muitos usuários não conseguem se lembrar da senha da conta para acessar a função Encontre Meu Dispositivo, com o bloqueio remoto é possível bloquear a tela do celular usando o número de telefone em qualquer outro dispositivo. Assim, o usuário ganha tempo para recuperar os detalhes da conta e acessar opções adicionais no Encontre Meu Dispositivo, incluindo o envio de um comando de redefinição para limpar completamente o dispositivo. Bloqueio de Dispositivo Off-line: o aparelho fica inacessível nos casos em que o celular ficar sem conexão por um tempo prolongado ou quando reconhece muitas tentativas de autenticação com falha. Para ativar esses outros dois mecanismos bastam aos usuários seguir o mesmo caminho onde ativaram o “modo ladrão”. Essas opções estarão na mesma lista de recursos.

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Frutas nativas viram picolés e geram renda para agricultura familiar no Paraná

Mídia Ninja Na região Centro-Oeste do estado do Paraná (PR), cerca de 50 famílias agricultoras, integrantes do Coletivo de Frutas Nativas e Crioulas, vêm aproveitando as árvores cultivadas em suas propriedades para produzir alimentos, conservar a natureza e gerar renda para a agricultura familiar. Araçá, ananás, guabiroba, jabuticaba, jerivá, juçara, morango silvestre e uvaia são alguns exemplos de espécies nativas da Mata Atlântica utilizadas pelas agricultoras e agricultores agroecológicos de cinco municípios do estado: Laranjeiras do Sul, Quedas do Iguaçu, Palmital, Laranjal e Goioxim. Entre as frutas crioulas plantadas, que é a forma como chamam as variedades exóticas adaptadas à região, estão a banana, a goiaba, o limão caipira, o mamão, a manga e a mexerica. Já são mais de 20 variedades de frutas processadas pelo Coletivo e aproveitadas na produção de diferentes produtos agroecológicos. Mas, de todas as receitas preparadas, uma tem se destacado na região: o picolé Sabores da Agrofloresta – a Fruta Camponesa. Atualmente, o Coletivo conta com 15 sabores de picolés que são vendidos, principalmente, em eventos relacionados à agroecologia, como as feiras de sementes e da biodiversidade, as jornadas de agroecologia, as feiras da reforma agrária, festivais da Mata Atlântica, entre outros. O trabalho das/os agricultoras/es com as frutas nativas e crioulas se iniciou em 2015, mas somente quatro anos depois começaram a experimentar as receitas de picolé, com o apoio do Laboratório Vivan de Sistemas Agroflorestais da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul. Conforme explica o professor da UFFS Julian Perez-Cassarino, primeiro, eles realizaram oficinas para aprimorar o processo de congelamento das frutas e, em seguida, investiram na produção de picolés, inspirados na Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas (CPSFN) do Rio Grande do Sul. “Depois que a gente arredondou as formulações dos picolés, fomos procurar sorveterias para fazer uma parceria”, diz. Julian ressalta que a parceria com a sorveteria Q-Delícia, em Laranjeiras do Sul (PR), ainda é uma importante estratégia para reduzir os custos. Os equipamentos necessários para fabricação de sorvetes e picolés são muito caros e, como o volume de produção ainda é pequeno, não justifica a aquisição do maquinário. “A gente identificou que uma parceria, nesse momento, é muito mais interessante do que construir uma agroindústria de picolés. A gente não tem custo fixo, o que nos permite ter um valor bem acessível do picolé”, conclui. Por outro lado, ele considera que é fundamental ter nas comunidades as unidades de processamento para fazer as polpas. “É lá nas propriedades rurais que estão as frutas nativas que a gente trabalha e quase nenhuma delas dá para vender in natura, pois elas não resistem. Aí entra a importância da despolpadeira e de congelar”, aponta Julian. Além dos picolés, o Coletivo produz cinco sabores de sorbê – que é um sorvete à base de água – e seis variedades de doces, todos com matéria prima agroecológica da agricultura familiar camponesa. No momento, o grupo também está empenhado em ampliar a quantidade e variedade de produtos ofertados e diversificar as estratégias de comercialização – para não ficarem restritos aos eventos. Em breve, o grupo deve ter disponível para venda balas de banana saborizadas com araçá, juçara, guabiroba ou jerivá, e o suco natural – 100% fruta – pasteurizado, para durar mais tempo e não dependerem da cadeia do frio para comercializar. “Também estamos começando a trabalhar com picolés adoçados com suco de maçã, porque a gente quer ver se consegue entrar com os picolés no PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar]”, projeta Julian. Os desafios do início Mas a iniciativa que hoje vem se consolidando na região começou com muita desconfiança de algumas famílias. Por ser um território onde predominam as monoculturas de grãos e as atividades voltadas à produção de leite, a ideia de gerar renda a partir das árvores frutíferas presentes nos pomares não parecia algo viável e de interesse das/os agricultoras/es. Para Julian, foi essa percepção de que as famílias não estavam valorizando a diversidade de frutas em suas propriedades que motivou um grupo de agricultoras/es a desenvolver uma ação coletiva em parceria com instituições como o Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia (Ceagro), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a Rede Ecovida de Agroecologia e a UFFS. A partir de um trabalho de visita às propriedades e do mapeamento das árvores frutíferas, foi identificado que muitas frutas se perdiam e que muitas famílias tinham, inclusive, a intenção de suprimir algumas espécies nativas. “A gente passou a dizer, então, que estamos trabalhando com as frutas ‘negligenciadas’. Não é um negligenciamento proposital, mas é aquilo que os agricultores ou quem dá assessoria técnica não atribuía valor. E aí é valor em todos os sentidos: ambiental, alimentar, mas também pesa muito a questão econômica”, analisa Julian, destacando que, agora, as/os agricultoras/es estão não apenas dando valor às árvores que possuem em suas propriedades, mas preservando as que têm e plantando mais. Rede de apoio Segundo o agricultor Josué Evaristo Gomes, que mora no acampamento Dom Tomás Balduíno, em Quedas do Iguaçu (PR), o fato das ações serem pensadas e desenvolvidas de forma coletiva foi determinante para consolidar um grupo de agricultoras/es em torno do trabalho com frutas nativas. Ele narra ainda que as famílias se sentiram amparadas e tiveram suporte para trabalhar em toda a cadeia produtiva, desde a colheita e o beneficiamento até chegar à comercialização. Com o acompanhamento técnico de instituições como o Ceagro e a UFFS, as agricultoras/es foram incentivadas/os a ampliar a produção de frutas nativas e crioulas, por meio de oficinas de formação e mutirões para o manejo agroflorestal. Ao mesmo tempo, elas/es tiveram acesso a alguns equipamentos fornecidos pelas organizações parceiras, como despolpadeiras, seladoras e freezers para armazenar a produção. Josué ressalta que, atualmente, quase a totalidade das frutas nativas e crioulas que comercializam vem de uma produção que as famílias estavam perdendo. “Após a organização no Coletivo, temos a possibilidade de gerar renda a partir dessa produção. Para ter uma ideia,

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Plano de matar Lula foi identificado no celular de Cid

Correio Braziliense A Polícia Federal (PF) identificou um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de mensagens recuperadas do celular do tenente-coronel Mauro Cid, de acordo com fontes na corporação ouvidas pelo Correio. Com base nas diligências, foi deflagrada a Operação Contragolpe. Equipes policiais estão nas ruas nesta terça-feira (19/11) para cumprir cinco mandados de prisão, três de busca e apreensão e 15 de medidas cautelares expedidas pelo STF. Os investigadores conseguiram recuperar arquivos apagados no celular apreendido com Mauro Cid. O atentado contra as autoridades citadas ocorreria por meio das Forças Especiais do Exército, os chamados Kids Pretos – batalhão no qual Cid fazia parte. Entre os presos está o general Mário Fernandes, militar reformado e assessor de Eduardo Pazzuelo. Também foram detidos Helio Ferreira Lima e o major Rafael Martins de Oliveira. Um policial federal também está entre os alvos de mandado de prisão. “Entre essas ações foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”, informou a PF. Os mandados estão sendo cumpridos em Goiânia – onde fica a sede das Forças Especiais – em Brasília, no Rio de Janeiro e no Amazonas. O Exército acompanha as diligências. No Rio, os alvos são militares que estariam atuando na segurança de líderes mundiais que participam da Cúpula do G20.

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Mucuri abre novo ‘edital de seleção’ para projetos do setor audiovisual da Lei Paulo Gustavo

Mucuri, que tem se destacado nos últimos anos no cenário cultural baiano, abre novas portas para os artistas, proporcionando mais recursos e visibilidade para suas produções. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Mucuri acaba de lançar o Edital de Chamamento Público nº 004/2024, que visa a seleção de projetos para a execução de atividades culturais com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar 195/2022), voltados para o setor audiovisual. As inscrições já estão abertas e seguem até o próximo 18 de novembro de 2024. O edital tem como objetivo a redistribuição dos recursos remanescentes do Termo de Execução Cultural firmado com os artistas contemplados no Edital 001/2023, que selecionou 39 projetos no município. Conforme o chefe de Gabinete e secretário em exercício da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, o advogado Robson Carlos, este novo processo visa atender às necessidades dos artistas que não foram totalmente contemplados no primeiro edital, seguindo a redistribuição de recursos prevista no artigo 19 do Decreto nº 11.698, que regulamenta a Lei Paulo Gustavo. E pode se inscrever no Edital qualquer agente cultural residente há pelo menos 10 anos no território de identidade do extremo sul da Bahia. Recursos Remanescentes – última etapa da sua Execução Cultural A abertura desse novo edital, conforme explicou o radialista Ilmar Lopes Gonçalves, o “Mazolla”, diretor Municipal de Cultura, tem como principal objetivo garantir que os recursos remanescentes do Termo de Execução Cultural sejam redistribuídos, oferecendo uma última oportunidade para que projetos audiovisuais de Mucuri possam ser executados. O processo de seleção se concentra nos artistas e coletivos do setor audiovisual, que não foram contemplados ou que não concorreram na primeira fase do edital. “Essa é uma etapa importante para garantir que o orçamento da Lei Paulo Gustavo seja efetivamente aplicado na nossa cidade, beneficiando os artistas locais que trabalham no campo audiovisual. A redistribuição de recursos visa dar uma segunda chance àqueles que não puderam executar suas atividades na totalidade no primeiro momento e os artistas interessados devem atentar para o prazo de inscrição, que vai até 18 de novembro de 2024”, afirmou Mazolla. Prazo das Inscrições Para participar, é necessário seguir todas as orientações e requisitos estabelecidos no edital, garantindo que o projeto esteja alinhado aos objetivos da Lei Paulo Gustavo e às especificidades do chamamento público. Detalhes sobre o processo de inscrição, documentos exigidos e critérios de seleção estão disponíveis no site oficial da Prefeitura Municipal de Mucuri, e no Diário Oficial do Município. As inscrições estão abertas de 04 até às 16h do dia 18 de novembro de 2024, presencialmente na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, situada na Avenida Petrobras nº 500 – 1º andar – Centro – Mucuri/Sede. O diretor Mazolla acrescentou dizendo que este edital representa uma grande oportunidade para os profissionais da área audiovisual do município, especialmente em um contexto de recuperação e fomento da cultura local. “Os recursos da Lei Paulo Gustavo têm sido um importante pilar de apoio ao setor cultural em diversas regiões do Brasil, e Mucuri não é exceção. Com a redistribuição dos valores remanescentes, o município reforça seu compromisso com o desenvolvimento e a valorização da cultura local”, pontuou. Sobre a Lei Paulo Gustavo A Lei Paulo Gustavo (LPG) foi sancionada em 2022 com o intuito de promover a recuperação do setor cultural e criativo no Brasil, que sofreu grandes impactos durante a pandemia da COVID-19. A lei destinou recursos para diversos segmentos, incluindo o audiovisual, música, teatro, dança e artes visuais, com o objetivo de apoiar a execução de projetos culturais, garantindo a sobrevivência e o fortalecimento das expressões culturais no país. Este novo edital é mais uma etapa do esforço contínuo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Mucuri para garantir que os benefícios da Lei Paulo Gustavo cheguem de forma efetiva aos artistas locais, incentivando a produção cultural e o desenvolvimento de projetos que envolvem a sociedade e geram impacto econômico e social. O Edital Para mais informações sobre o Edital nº 004/2024 e os procedimentos de inscrição, os interessados também podem acessar o site oficial da Prefeitura Municipal de Mucuri ou entrar em contato diretamente com a Secretaria de Cultura. Não perca essa oportunidade de viabilizar o seu projeto audiovisual.

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